Ergonomia


Ediana Souza
Kelly Rodrigues 


ERGONOMIA


ergonomia é a ciência que estuda as adaptações do posto de trabalho em um contexto específico, para que os aspectos que dificultam o desenvolvimento do trabalho possam ser observados a fim de buscar uma solução coerente para melhorar a qualidade de vida e da atividade laboral a ser desenvolvida pelo indivíduo. O principal foco da ergonomia é trazer, de maneira eficaz, técnicas adaptativas para facilitar as atividades diárias dos trabalhadores, trazendo maior qualidade de vida, buscando prevenir patologias que podem surgir por esforço repetitivo, melhorando o rendimento dos colaboradores junto às empresas, desenvolvendo ações que trarão benefícios para a empresa e seus colaboradores.

Uma postura incorreta pode causar dores incômodas no trabalho. Ilustração: Sebastian Kaulitzki / Shutterstock.com
A ergonomia deve ser aplicada nos postos de trabalho conforme a atividade desenvolvida, a partir de informações trazidas pelo colaborador, como por exemplo: tempo diário de atividade no posto de trabalho, altura, peso, posicionamento adotado para realização do trabalho e queixas relacionadas ao desconforto no posicionamento adotado. O profissional que analisará o posto de trabalho deverá se preocupar, além das informações já citadas, com informações como: dimensões do posto de trabalho, sugestão para a melhora do posto e na rotina dos colaboradores, além de trazer um embasamento cientifico para que a empresa compreenda os motivos para que as mudanças sejam realizadas. Dessa forma, as atividades serão realizadas com mais qualidade e consequentemente os benefícios serão favoráveis para ambas às partes, trazendo mais saúde para os colaboradores, menor índice de faltas para a empresa, diminuição no risco de lesões, redução de acidentes de trabalho e maior aproveitamento para a empresa.
A ergonomia é normatizada através das NR’s (normas regulamentadoras), onde o técnico em segurança do trabalho e o fisioterapeuta trabalham juntos, buscando informações que possam ser importantes para a melhora na saúde de funcionários nas mais diversas áreas. Para que essas normas sejam colocadas em prática, existem muitas avaliações que facilitam a identificação de irregularidades nos postos de trabalho, a fim de complementar as informações anteriormente coletadas e estudadas.
Apesar de se buscar muito pela realização de estudos sobre a ergonomia como ciência, necessita-se que as empresas entendam a importância da aplicação da mesma, para que assim ocorra a conscientização dos colaboradores para entender a importância de manter os cuidados em suas atividades diárias. Existem muitos exemplos de empresas em que seus colaboradores se queixam de dores e desconfortos que sentem diariamente devido à má postura; contudo, a maioria dessas empresas não se preocupa em questioná-los e realizar mudanças para que o posto de trabalho seja modificado a fim de promover maior qualidade de execução do trabalho; sendo assim, o resultado é a diminuição na qualidade de produção, diminuição na frequência de trabalho dos colaboradores e, consequentemente, ambos saem perdendo.
Por isso, é importante que as empresas se preocupem em demonstrar interesse na boa saúde de seus colaboradores, estimular a prática de atividades físicas, estudar possíveis modificações para melhorar as condições de trabalho, ofereça atendimento médico e fisioterapêutico de qualidade para os colaboradores, ofertar atividades como ginástica laboral e momentos de descontração e relaxamento no próprio ambiente de trabalho, estimular a utilização correta de EPI’s, assim como outras medidas que podem ser tomadas em prol do bem estar comum.







Fadiga Visual e Iluminação no ambiente de trabalho


A iluminação faz parte da ergonomia organizacional juntamente com outros fatores como cores, temperatura, acústica e outros.
A fadiga visual ou síndrome do olho seco ocorre quando o indivíduo permanece por longo tempo olhando fixamente em um determinado ponto sem piscar e lubrificar os olhos.
Hoje em dia é difícil quem não utilize o computador para trabalhar. A fadiga visual é muito comum em profissionais que necessitam de concentração e precisam manter a atenção visual em seus trabalhos.

Ambientes com baixa umidade, luz artificiais inadequadas e posicionamento incorreto do monitor são fatores que intensificam a doença.

Normalmente a sensação é de secura nos olhos, ardência, dor, coceira, visão embaçada, sensibilidade à luz e dores de cabeça.
Esses incômodos interferem na produtividade do colaborador e, consequentemente, na rentabilidade das empresas.




Como evitar fadiga visual no trabalho
A visão no ambiente laboral é algo fundamental para a produtividade, o humor e o bem-estar no trabalho.
Apesar de a visão ser importante para o desempenho das atividades ocupacionais, muitas vezes, ela passa despercebida.
Uma pesquisa da Universidade de Twente, na Holanda, acompanhou os efeitos da exposição à iluminação que procura “imitar” a luz solar durante o ciclo das 24 horas do dia.
Os resultados indicaram que 18% dos participantes perceberam aumento de produtividade, 71% tiveram ânimo elevado, 76% se sentiram mais felizes e 50% mais saudáveis.
A iluminação correta do ambiente traz benefícios para o bem-estar, à produtividade dos colaboradores e a lucratividade das empresas.
Iluminação no ambiente de trabalho, conforme NR 17 .
Segundo a norma, todos os ambientes ocupacionais devem ter iluminação apropriada considerando a natureza da atividade laboral; seja iluminação natural ou artificial, geral ou suplementar. 
A NR 17 (Norma Regulamentadora 17), traz ainda as seguintes especificações:
A iluminação geral deve ser distribuída de forma uniforme e difusa.
A iluminação geral ou suplementar deve ser instalada de forma a evitar sombras, reflexos que incomodam contrastes excessivos e ofuscamento.
Os níveis mínimos de iluminância devem obedecer aos valores estabelecidos pela norma brasileira NBR 5413, registrada no INMETRO.
A medição dos níveis de iluminância deve realizada no posto trabalho onde se há realização de atividade visual, utilizando-se de luxímetro (aparelho que mede o iluminamento de uma superfície) com fotocélula corrigida de acordo com a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
Como aplicar a iluminação para reduzir o risco de fadiga visual?
Solicite a AET – Análise Ergonômica do Trabalho dos ambientes por um profissional qualificado.
Faça cálculos considerando a iluminação direta e indireta no posto de trabalho.
Instale uma luminária na mesa de trabalho, numa altura que esteja acima do ombro e evite luzes atrás do colaborador.
Fixe o ponto de luz de modo a evitar sombras, colocando-o do lado oposto ao membro superior que trabalha.
Coloque lâmpadas fluorescentes no teto de grandes áreas.
Evite ofuscamento, utilize cortinas e não posicione o monitor em frente a locais que reflitam a luz externa.
Recue a iluminação do teto.
Opte por pintura de cor clara no teto e nas paredes para minimizar os efeitos da luz.
Regule a cor do monitor, evite luzes brilhantes e a incidência direta dos tubos de luz na visão.
Instale telas antirreflexivas no monitor.
Mantenha o monitor na altura dos olhos, a uma distância mínima de 35 a 50 centímetros.
A cada hora, saía da frente do computador e faça pausas curtas de cinco minutos.
Colaboradores que possuem miopia, hipermetropia ou astigmatismo devem utilizar óculos com lentes foto cromáticas, antirreflexo e com filtros UV.
Em caso de fadiga visual, não esfregue os olhos e nem utilize colírios sem a devida prescrição médica.
Para evitar a fadiga visual faça pequenas adequações, pausas curtas e mantenha uma iluminação correta no ambiente de trabalho.


Lesão por esforço repetitivo (L.E. R)


LER é uma síndrome que inclui um grupo de doenças com sintomas como dor nos membros superiores e nos dedos, dificuldade para movimentá-los, formigamento, fadiga muscular e redução na amplitude do movimento.
LER (Lesão por Esforço Repetitivo) não é propriamente uma doença. É uma síndrome constituída por um grupo de doenças – tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias –, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Esse distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida. A prevalência é maior no sexo feminino.




Bibliografia:
beecorp.com.br/blog/conheça-os-tipos-de-ergonomia
drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/lesao-por-esforco-repetitivo-ler-dort
laboreweb.com.br/fadiga-visual-e-iluminacao-no-ambiente-de-trabalho
pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1516-37172008000100007&script=sci_arttext








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