Eduardo R.
Planejamento e implementação de servidores
Um servidor tem como
objetivo armazenar e distribuir arquivos na rede. Ele trabalha com um sistema
operacional especializado projetado para o uso de diversos usuários e
compartilha dados de forma colaborativa. Ou seja, atua como um sistema de
arquivamento central para todos os documentos. Além disso, é criado para rodar
aplicações massivas. Entre elas, encontram-se contas de e-mail, aplicativos de
mensagens instantâneas e impressoras. Isso além de outras funcionalidades, como
compartilhamento de calendários, base de dados e software de gestão com o
cliente.
O servidor também pode
hospedar uma rede intranet e distribuir informações para os colaboradores de
forma rápida e segura. Vale lembrar que alguns servidores de arquivos também
possuem objetivos diferentes, como backup e armazenamento remoto de dados.
Conhecer os tipos de
servidores existentes é importante para uma tomada de decisão mais assertiva,
mas, além dele, é importante que o gestor de uma empresa entenda a importância
da escolha dos componentes do hardware para garantir o bom funcionamento do
equipamento.
Placa-me
Trata-se da principal placa
de circuitos do computador. Ela precisa ser adequada aos demais componentes e
são peças vitais para a escolha do servidor ideal;
Processadores
Os processadores podem ser
considerados a alma dos servidores. Por esse motivo, é imprescindível dedicar
uma atenção especial à sua escolha. Em geral, um servidor possui vários
processadores, mas, além da quantidade, também é necessário levar em consideração
alguns fatores;
– A velocidade de processamento, pois quanto
mais rápido, melhor será o desempenho do sistema como um todo;
– A contagem de núcleos, isto é, o número de
processadores físicos no próprio processador. Esses núcleos são os responsáveis
por viabilizar a realização de tarefas simultâneas de forma independente;
– O tamanho do cache, pois quanto maior,
melhor será a resposta do sistema. O cache é uma memória de alto desempenho que
fica dentro do processador. Ela serve para aumentar a velocidade no acesso aos
dados e instruções armazenadas na memória RAM.
Ram
A memória RAM é uma espécie
de memória temporária para facilitar o acesso a arquivos. Com isso, quanto
maior for a memória RAM do servidor, maior a quantidade de operações que
poderão ser executadas e gerenciadas ao mesmo tempo;
Disco rígido
O disco rígido atua como uma
espécie de biblioteca para os arquivos armazenados no servidor. A escolha do
tamanho desse componente costuma depender das necessidades e quantidade de
arquivos que a empresa possui. Ainda assim, é sempre possível aumentar a
capacidade de armazenamento por meio da adição de mais discos rígidos externos.
Controlador de rede
Esta peça do hardware é
fundamental. Ou seja, ela é a responsável por controlar a entrada e o tráfego
de usuários da empresa no servidor;
Fonte de alimentação
Em geral, os servidores
utilizam fonte de alimentação de 300 watts. Isso porque suas necessidades são
maiores do que as de um computador padrão. Vale ressaltar que, caso haja discos
rígidos acrescentados, o consumo de energia do servidor pode aumentar,
demandando uma fonte mais poderosa.
Sistema operacional
Além de conhecer os
principais modelos de servidores e os componentes que os fazem funcionarem com
um melhor desempenho, é importante que gestores focados no sucesso saibam um
pouco sobre qual sistema operacional atende melhor às necessidades da sua
empresa.
Existem dois sistemas
operacionais muito utilizados em âmbito global: Windows e Linux. Eles são
bastante diferentes entre si e, por isso, é preciso entender como cada um deles
funciona antes de instalá-los no servidor da empresa.
Windows Server
Este sistema operacional é
proprietário, ou seja, pertence a uma empresa, no caso, a Microsoft. Por conta
disso, para utilizá-lo é preciso pagar pelo direito de uso da licença. Por se
tratar de um software proprietário, as atualizações de versão são
disponibilizadas durante um tempo determinado e, quando uma nova versão é
lançada, é necessário realizar um upgrade de versão. Em algumas situações, se
faz necessária a aquisição de uma nova licença de uso.
Essas atualizações são
importantes porque o uso de versões desatualizadas, como por exemplo, o Windows
Server 2003 ou 2008, pode resultar na perda de informações que se dão por meio
de ataques de ransomware. Isso acontece porque essas versões possuem brechas e
falhas de segurança já conhecidas pelos rackers, fator que facilita a invasão.
Para licenciar o Windows
Server 2016 deve-se levar em consideração a configuração do hardware do
servidor. Ou seja, os números processadores, a quantidade de cores físicas e
quantas máquinas virtuais serão utilizados.
Servidores com sistema operacional Windows
têm configuração e gerenciamento mais simples com as aplicações mais utilizadas
no mercado. Por isso, sua interface é mais amigável, tal como o Windows
Desktop. Esse sistema operacional é integrado por várias ferramentas que
disponibilizam inúmeros serviços que permitem ao usuário trabalhar de forma
organizada e segura.
No Brasil, a maioria dos
desenvolvedores utiliza o Windows como plataforma padrão para o desenvolvimento
de seus sistemas. Mesmo tendo uma interface amigável, o processo de instalação
e configuração demanda um conhecimento técnico avançado. Portanto, a instalação
deve ser realizada por profissionais experientes.
Linux
O sistema operacional Linux pertence a um
nicho de mercado conhecido como Open Source. Ou seja, de código aberto. Por
conta disso, ele é um software gratuito que não demanda a aquisição de licenças
de uso.
Servidores com sistema
operacional Linux apresentam como principais benefícios o fato de serem mais
leves e econômicos. São também os mais utilizados no mundo. No entanto,
justamente por se tratar de um sistema operacional com código aberto, seu gerenciamento
necessita de níveis elevados de conhecimento técnico.
Vale lembrar que, diferente
do Windows, o período das atualizações de versão varia de acordo com a
distribuição do Linux, como por exemplo, Ubuntu e Debian, entre outros. O Linux
oferece dois tipos de atualizações:
Upgrade
Pode acontecer a cada um ou
dois anos. Nestes upgrades, são realizadas atualizações de todos os softwares
da distribuição, além da aplicação de patches de segurança;
Update
Neste modelo de atualização,
são aplicados somente os novos patches de segurança e mais nada.
De forma geral, é comum
ouvir dizer que o Linux é um sistema complicado de usar, mas isso já se tornou
um mito, pois, atualmente, ele já conta com uma interface tão amigável quanto o
Windows. O que acontece na verdade é que, por pertencer a uma fatia menor de
mercado, os profissionais que trabalham com este sistema encontram-se em menor
número.
Ainda assim, é importante
saber que poucos sistemas de gestão são desenvolvidos para esta plataforma, o
que faz com que ela seja mais utilizada como servidor de firewall ou de
serviços de internet. Outro ponto importante é que o Linux costuma sofrer menos
ataques de malwares. Isso porque os rackers preferem desenvolver malwares para
plataformas que consigam atingir um maior número de usuários.
Qual é o momento de implantar um
servidor na empresa
Assim que uma empresa conta
com mais de dois computadores, deve-se considerar investir em um servidor.
Afinal, através dele a empresa conseguirá manter seus dados seguros e organizados.
Dessa forma, o gestor poderá focar em seus negócios de maneira mais eficiente e
profissional. O servidor é visto como uma solução única para e-mail,
conectividade com a internet, websites internos, acesso remoto, suporte a
dispositivos móveis, compartilhamento de arquivos e impressoras, backup e
restauração e tudo mais que uma empresa em desenvolvimento precisa para
crescer.
Isso porque, ao armazenar e
organizar os dados em um local centralizado se torna viável acessar e
compartilhar arquivos facilmente, além de gerenciar informações de negócios com
mais eficiência. Empresas com uma força de trabalho móvel, funcionários que
trabalham de casa e viajam com frequência, definitivamente precisam contar com
esse recurso para que os colaboradores possam se conectar remotamente à rede da
empresa e acessar informações independentemente de sua localização geográfica.
Servidores e segurança
Além disso, o servidor pode
ser a solução ideal caso seja um hábito entre os colaboradores de uma empresa
compartilharem documentos entre vários computadores. Isso porque esse costume
configura um risco significativo de perda de arquivos importantes. Além de também facilitar a duplicação de
documentos vitais. Entretanto, ao contar com um servidor, a empresa poderá
manter arquivos gerenciados e fornecer um local centralizado para armazenar e
organizar documentos importantes, garantindo acesso constante a documentos
conforme a demanda.
Além de tudo isso, o
servidor protegerá esses arquivos para que não se corrompam ou se percam. Essa
segurança é garantida por meio da realização de um backup de informações. Este
poderá, ainda, restaurar arquivos que foram excluídos ou colocados fora de
lugar acidentalmente. O fato de nunca mais ter de se preocupar com um disco
rígido danificado que apaga todo o sistema também é um ponto positivo desse
recurso.
Por que é importante ter um servidor
Na medida em que uma empresa
cresce, o servidor viabiliza um melhor gerenciamento dos computadores e
aplicativos adicionais. Isso, além de controlar quais funcionários e
dispositivos têm acesso a determinadas informações. Ele permite, ainda,
restringir o acesso a informações confidenciais, como registros financeiros e
dados pessoais. Não obstante, também possibilita que o gestor de TI gerencie
melhor firewalls e proteção antivírus. Isso é importante principalmente quando
a empresa tiver uma força de trabalho móvel.
Além disso, manter um
servidor ativo e bem compartilhado permite a adição de plataformas facilmente.
Entre elas, encontram-se softwares de CRM e programas de contabilidade. Isso
viabiliza o agendamento de reuniões de grupo, o compartilhamento de informações
e o gerenciamento de clientes e de fornecedores. Ele também possibilita que
funcionários enviem e-mails e fax para um grupo e organizem contatos e dados de
clientes em um único local.
Principais benefícios
Criar ordem: centralize os
dados e gerencie melhor as informações importantes da empresa. O
compartilhamento de dados entre computadores e a migração de arquivos de um PC
para outro também são facilitados;
Proteja os arquivos:
restaure dados importantes e os proteja por meio de backups periódicos;
Trabalho móvel e remoto: o servidor para
empresa possibilita que funcionários autorizados possam ter acesso à rede de
modo remoto. Ou seja, eles podem compartilhar dados quando estiverem
trabalhando em casa ou mesmo durante viagens;
Banda larga: um dos maiores atrativos dos
servidores para empresas, especialmente as de pequeno porte, é o acesso a uma
internet de alta velocidade;
Demonstre profissionalismo: realce a imagem
da empresa ao conectar-se de forma mais rápida e segura com os clientes.
Como escolher um servidor
Tal como em qualquer
aspecto, uma empresa deve avaliar suas reais necessidades antes de adquirir
qualquer tipo de equipamento ou tecnologia. A seguir, confira algumas questões
que devem ser respondidas antes de investir efetivamente na aquisição de um
servidor.
Em relação à manutenção do
servidor, é importante frisar que ele demandará o trabalho de um profissional
capacitado a configurá-lo. Além disso, esse profissional precisará realizar
backups periódicos a fim de manter a segurança e o bom funcionamento da ferramenta.
Afinal, nela estarão centralizadas praticamente todas as atividades e
informações importantes da empresa.
Tipos de servidores e locais para
implantar um servidor
Servidores Tower
São os mais básicos do
mercado. Seu custo e o espaço disponibilizado são similares aos de um
computador comum. Suas unidades independentes possuem todos os componentes
inerentes a um servidor, como disco rígido, placa-mãe, CPU, placa de rede e
cabeamento, entre outros. No servidor tower há a possibilidade de adicionar um
disco para que seja feito o armazenamento com storage DAS.
Torres, como são mais
conhecidos, são os servidores voltados mais para empresas de pequeno porte e
necessitam de um monitoramento de sistema simples, porém capaz de promover a
segurança. Especialistas, inclusive, recomendam esses servidores de arquivos
para empresas que estão começando. O modelo de Torre também oferece mais
flexibilidade. Isso, porque ele pode ser facilmente adaptado de acordo com o
que cada empresa precisa, como, por exemplo, o número de discos rígidos. Além
disso, eles produzem menos ruído do que outros modelos disponíveis;
Servidores Rack
Possuem slots de expansão,
que consistem em lugares na placa-mãe que podem aumentar os recursos do
computador. Esses slots de expansão têm o objetivo de adicionar cartões de
interface. Eles também visam fornecer uma ligação física a uma determinada
rede. A configuração com os slots de expansão é uma forma de utilizar os
espaços com mais eficiência. Servidores de arquivos Rack possibilitam, conforme
necessário, incluir novos servidores.
Isso além de se conectarem a
um armazenamento NAS, que é anexado à rede, ou SAN, uma rede de área de
armazenamento. Outros pontos importantes sobre esse modelo é que os servidores
Rack possuem limite em relação à instalação de outros drives e memórias e
trabalham próximo dos outros. Por isso, eles requerem um sistema climático para
manter a temperatura ideal. Dessa forma, evita-se o superaquecimento do
equipamento. Por conta disso, suas ventoinhas fazem ruídos e, consequentemente,
os servidores de arquivos Rack costumam ficar isolados em uma sala da empresa,
demandando a disponibilização de um espaço físico;
Servidores Blade
São pequenas caixas desenhadas em forma de
módulos que se ajustam a um espaço menor. O servidor é composto de equipamentos
para armazenamento de dados, componentes de energia, resfriamento, ventilação e
rede, entre outros. Tudo isso deve ser controlado por um gerenciamento
adaptado. Em servidores de arquivos Blade é possível adicionar switches,
ethernet e firewalls dentro do mesmo módulo do servidor.
Esse modelo de estrutura
requer menos espaço do que a estrutura Rack, usa menos energia, diminui o calor
e também os gastos com o sistema de resfriamento. Módulos do Blade também podem
aumentar os servidores em mais de 60% em uma empresa, sendo ideais para aquelas
que possuem um número maior de colaboradores e utilizam mais capacidade de
arquivamento e processamento de dados;
A nuvem como alternativa
A nuvem é uma outra opção
para empresas de pequeno porte no que diz respeito à administração e
armazenamento de arquivos. Esse modelo proporciona benefícios, como o baixo
investimento financeiro requerido, uma menor equipe de TI para gerenciamento e
equipamentos e softwares fornecidos pela empresa contratada. Ao optar pela
nuvem, é importante escolher uma distribuidora do sistema que seja confiável,
pois ao menor sinal de crise ela pode fechar e, consequentemente, configurar um
alto risco na segurança dos dados da empresa.
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